A Justiça determinou que Jean Wyllys apagasse o post em que cita a orientação sexual do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), para criticar decisão do mandatário gaúcho de querer continuar com as escolas cívico-militares em seu Estado. A mensagem não está mais em seu perfil no X (ex-Twitter).
Atendendo a pedido do Ministério Público do Estado, a juíza Rosalia Huyer, da 2ª Vara Criminal de Porto Alegre, estabeleceu que o jornalista deveria apagar a publicação feita na rede social no último dia 14. A magistrada também determinou a quebra de sigilo da conta de Wyllys na plataforma.
Huyer chamou o conteúdo de "ofensas homofóbicas" e disse que o ex-deputado "extrapolou uma crítica ao governo, havendo verdadeiros ataques pessoais à figura do governador, com ofensas à dignidade e ao decoro deste".
Segundo a Promotoria gaúcha, Wyllys é investigado por injúria contra funcionário público e por praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
O post de Wyllys dizia: "Que governadores héteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado", escreveu Wyllys. "Mas de um gay...? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então... Tá feio, bee!."
Dias depois, Leite fez um vídeo comentando o episódio e avisou que denunciou Wyllys.
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