Se o pastor Silas Malafaia enviasse vídeo para a campanha da Rede Globo chamada "O Brasil que eu quero", possivelmente ele não falaria de fim da corrupção, mais saúde ou educação de qualidade. A obsessão do religioso com a sexualidade alheia é que daria o tom.
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É o que se depreende ao ler as razões de Malafaia escolher e e recusar apoios para a eleição presidencial em 2018.
Em entrevista ao jornal O Globo, publicada no domingo 18, o pastor sinalizou em quem vai "bater" durante a campanha por meio de suas redes sociais.
"Vou continuar jogando pesado nas redes sociais. O (Geraldo) Alckmin 'deu mole' para a gente ao fazer sinalizações para o movimento gay", disse.
E continuou: "A Marina (Silva) também vai 'apanhar' muito de mim. Em 2010, já tinha deixado de apoiá-la quando ela disse que faria um plebiscito sobre aborto, caso eleita".
Segundo a reportagem, Malafaia já acusou candidatos do Psol de defender a "erotização de crianças" e "envolvimento com os black bock" e ajudou a descontruir candidaturas de esquerda em Cuiabá, Belém, Nova Friburgo (RJ) e Sorocaba (SP).
Apoiador de Jair Bolsonaro (PSL) à presidência, o pastor diz que Bolsonaro "é o único que defende diretamente a ideologia da direita. Ele encarna os valores mais caros ao nosso povo na questão dos costumes. Pode anotar, 80% do voto evangélico irá para Bolsonaro nestas eleições".
O ataque ao presidenciável do PSDB fazendo alusão justamentea a este tema já começou pelas mãos da família Bolsonaro. Na semana passada, Alckmin moveu processo contra o Facebook para retirar vídeo postado pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).
Nas imagens, de dezembro passado, Alckmin celebra a criação do secretariado de diversidade tucana, segmento do PSDB voltado a discussão de políticas para LGBT.
Segundo os advogados do tucano, o o objetivo do vídeo feito por Carlos Bolsonaro era "denegrir, ofender e ridicularizar o governador Alckmin. Por isso pedimos a exclusão do vídeo".