Policial morto em atentado em Paris era gay e defensor de LGBT

Xavier Jugelé servia na capital francesa desde 2010 e era filiado a associação de policiais arco-íris

Publicado em 21/04/2017
Policial morto em atentado na Champs-Élysées era gay e ativista LGBT
Xavier Jugelé deixa marido com quem tinha uma união civil

O policial morto no atentado na Avenida Champs-Élysées em Paris, na quinta-feira 20, era homossexual assumido e ativista pelos direitos LGBT.

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Xavier Jugelé, de 37 anos, era policial na cidade desde 2010 e estava em um carro da polícia quando um homem armado abriu fogo contra o veículo matando Xavier e ferindo outros dois oficiais. O atirador foi morto quando tentava fugir. O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado.

"Ele era um homem simples que amava seu trabalho e estava realmente comprometido com a causa LGBT", declarou Mickael Bucheron, presidente da associação francesa de policiais lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, conhecida como Flag.

"Ele se juntou à associação há alguns anos, e protestou conosco quando houve a proibição da propaganda homossexual nos Jogos Olímpicos de Sochi [na Rússia, em 2014]", explicou Bucheron, segundo o jornal The New York Times.

"Ele estava ciente dos riscos do trabalho e da ameaça terrorista, embora não falássemos muito sobre isso", disse Bucheron. "Ele era um grande homem e amigo. É um grande choque para nós."

Jugelé deixa marido (com quem tinha uma união civil). O presidente francês François Hollande disse que um tributo oficial em sua homenagem será realizado nos próximos dias. Jugelé estava dentre os oficiais que responderam ao chamado na casa de shows Bataclan, alvo de um ataque terrorista em novembro de 2015 na capital francesa.


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