PMs homossexuais que beijaram em formatura prestam depoimento

Inquérito no Distrito Federal foi motivado por áudio discriminatório gravado por tenente-coronel

Publicado em 20/08/2020
Beijo gay de policiais militares em Brasília
Cabo e soldado beijaram seus companheiros em formatura e foram alvos de preconceito

Dois policiais que beijaram seus companheiros durante cerimônia de formatura serão ouvidos nesta quinta-feira 20.

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O homem e a mulher, que não tiveram nomes revelados, foram alvo de homofobia e prestarão depoimento no Departamento de Saúde e Assistência Pessoal (DSAP), em Brasília.

Foto do soldado e da cabo beijando seus respectivos namorados circularam em janeiro após a cerimônia realizada no Distrito Federal.

Em meio a elogios nas redes sociais, também houve críticas e preconceito.

No dia 11 daquele mês, circulou em grupos de WhatsApp áudio gravado por um tenente-coronel da reserva chamando o beijo de "avacalhação" e "frescura" e que a imagem da polícia ficaria "irreversivelmente maculada".

Segundo o G1, a investigação faz parte de um Inquérito Policial Militar (IPM). O depoimento está marcado para 15h.

No Ministério Público, o processo foi suspenso por causa da pandemia. Alegou-se que por causa da complexidade do caso não foi possível colher depoimentos por videoconferência.

A PM diz que não "coaduna ou apregoa quaisquer tipos de preconceito", que os áudios manifestam uma "opinião pessoal" e que serão analisados. A cabo e o soldado foram proibidos de dar entrevista.


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