Antes do mês do orgulho, o mês da confusão. A entidade Heritage of Pride (HOP), organizadora da parada do orgulho LGBT de Nova York, decidiu que não permitirá a participação de policiais no desfile. A deliberação provocou muitas críticas, ameaça de renúncia da presidência e boicote ao evento.
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Ao contrário do que ocorre no Brasil, em que é proibido a força policial participar de atos políticos com uniforme, nos EUA, de forma geral, essas corporações fazem questão de liberar seus integrantes LGBT para integrar a marcha do orgulho.
A exclusão ativista em Nova York, decidida dia 15, teve como base acusação de violência cometida pela força policial.
"A polícia de Nova York e em todo o país não é perfeita. Há ainda muitos casos de violência dessas instituições contra pessoas racialmente diversas e LGBT", justificou a entidade em comunicado. A decisão vale até 2025.
Quanto à força que dá segurança ao evento, regras governamentais proíbem que sejam dispensadas.
Em reunião no dia 20, membros da HOP decidiram derrubar a exclusão. A diretoria não aceitou e cancelou a liberação.
O choque levou integrante da presidência colegiada a dizer que renunciaria ao cargo, mas até agora nada foi divulgado oficialmente.
Artigo publicado no domingo 23 no jornal The Washington Post criticou o banimento sob alegação de que a medida tira o direito de LGBT policiais celebrarem o orgulho.
Nas redes sociais, surgiu movimento de boicote à marcha, que será feita este ano sem público, mas que conta com pessoas para compor os blocos que desfilam. O evento será televisionado.