A pandemia tornou maior a discriminação contra LGBT no continente europeu e na Ásia Central. É o que mostra estudo realizado pelo coletivo ativista International Gay & Lesbian Association Europe (Associação Internacional de Gays e Lésbicas - Regional Europa).
O relatório, divulgado na terça-feira 16, afirma que ataques verbais contra a comunidade LGBT por parte de políticos aumentaram nos últimos meses na Albânia, Azerbaijão, Bósnia, Bulgária, Eslováquia, Estônia, Finlândia, Hungria, Itália, Kosovo, Letônia, Moldávia, Macedônia do Norte, Polônia, República Checa, Rússia e Turquia,
Líderes religiosos em Belarus, Eslováquia, Grécia, Turquia e Ucrânia também são acusados no estudo que incluiu 54 países. Alguns, inclusive, chegaram a culpar pessoas LGBT pela pandemia da covid-19.
A federação, que representa 600 associações, também apontou o aumento do discurso de ódio nos meios de comunicação on-line na Bélgica, Bulgária, Croácia, Malta, Montenegro, República Checa, Rússia e Turquia.
Na Eslovênia e na Ucrânia, particularmente, o ataque veio de alguns dos principais meios de comunicação.
"Houve ressurgimento de autoridades e funcionários que usam as pessoas LGBTI+ como bodes expiatórios', disse a diretora da ILGA-Europa, Evelyne Paradis.
Na Polônia e na Hungria a discriminação a LGBT integra "repressão geral contra a democracia e a sociedade civil", considera a entidade.