Um das mais respeitadas líderes religiosas da Bahia, Mãe Stella de Oxóssi, 93 anos, morreu na quinta 27. O enterro foi objeto de disputa judicial entre a família dela e a companheira, Graziela Domini. O casal viveu conjuntamente por cinco anos.
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Graziela queria que o velório e o enterro se realizassem em Nazaré das Farinhas, no Recôncavo Baiano. Por algumas horas, o corpo da sacerdotisa foi velado na Câmara de Vereadores da cidade, entretanto houve mudança.
Seus seguidores do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, em Salvador, foram à Justiça para que o corpo fosse levado ao local e velado dentro de rituais do candomblé. A juíza Caroline Vieira, de Nazaré das Farinhas, decidiu que o corpo deveria ser trasladado para a capital baiana.
Para a jurista, não levar o corpo a Salvador seria uma afronta ao candomblé e aos fiéis do terreiro.
Graziela, companheira de Mãe Graziela desde 2003 e psicóloga, afirmou que não vai recorrer.
A relação entre as duas não foi a primeira da líder religiosa com outra mulher. De acordo com o antropológo e fundador do Grupo Gay da Bahia Luiz Mott, há relatos de mais de três décadas de relacionamentos lésbicos da líder religiosa.