ELEIÇÕES
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Laina Crisóstomo quer representar mulheres e LGBT em Brasília

Ativista pelos direitos humanos desde os 14 anos, psolista criou ONG em Salvador para acolher mulheres violentadas

Publicado em 23/09/2018
Bissexual e ativista, Laina Crisóstomo é candidata a deputada federal pelo Psol na Bahia
'Eleger pessoas do Psol é eleger pessoas que têm compromisso com a cidadania LGBT', diz

Advogada feminista, negra, gorda e mãe, Laina Crisóstomo é candidata pelo Psol a deputada federal pela Bahia.

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Nascida e criada em Salvador, Laina tem 31 anos, é bissexual, e ativista pelos direitos humanos desde os 14 anos.

A psolista criou a ONG TamoJuntas, em Salvador, para acolher mulheres em situações de violência, e que está presente em 23 Estados brasileiros.

Esta é a primeira vez Laina disputa uma eleição. O Guia Gay Salvador conversou com ela sobre suas propostas.

O Brasil é um dos países mais avançados do mundo em relação à proteção e legislação pró-LGBT, mas ainda há desafios para a cidadania arco-íris. Quais suas propostas para que Minas avance nessa questão?
Uma das primeiras coisas que precisamos pensar é na criminalização da LGBTfobia, porque, infelizmente, ainda hoje temos casos de crimes de ódio, muito perversos. Apesar de termos tido muitos avanços, nós não temos nenhuma lei específica que trate deste tipo de crime. 

Em segundo lugar, ter uma Justiça que consiga ter empatia, que tenha sensibilidade para entender que esses crimes de ódio falam muito a respeito de como o fundamentalismo religioso tem atuado tanto na política como no Judiciário.

Quais são seus projetos para a população mineira em geral?
Dentre as pautas prioritárias estão o fortalecimento dos direitos das mulheres com aplicação real da lei e das políticas públicas e o enfrentamento ao extermínio da juventude negra e combate ao encarceramento em massa.

A defesa da liberdade religiosa e Estado laico; luta pelo direito a terra, acesso a cidade e moradia; educação inclusiva, antissexista, antirracista, pautada na diversidade e nos Direitos Humanos; por uma nova política de drogas.

Votar em você é ajudar a eleger pessoas do seu partido e da sua coligação. Quais são esses partidos? Qual o compromisso deles com a cidadania LGBT?
A coligação do Psol é bem pequena, Psol/PCB. Somos partidos comunistas, socialistas, que entendem a sociedade de uma forma mais ampla, de igualdade, mas que hoje tem sido pautada muito numa perspectiva interseccional - de gênero, de raça, de orientação sexual, de identidade de gênero, religiosa, regional. 

Acho que esse é o compromisso principal da gente, entender a lutar pelos direitos humanos em uma perspectiva interseccional.

Eleger pessoas de nosso partido é eleger pessoas que têm compromisso com a cidadania LGBT. Temos candidaturas, tanto ao Senado quanto deputadas federais e estaduais, que são trans, que são assumidamente lésbicas.

Enfim, isso tem mostrado justamente o verdadeiro compromisso que a gente tem. Não só de incluir, mas também de fazer com que essas pessoas sejam protagonistas das suas lutas, de suas histórias, e da mudança desse projeto politico que a gente vive hoje no Brasil. O Psol tem esse compromisso.

Essa entrevista faz parte de série do Guia Gay Salvador com candidaturas de LGBT. O objetivo é dar visibilidade as suas propostas, partidos e coligações de forma a colaborar com a decisão do segmento arco-íris e simpatizantes na hora do voto.


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