Mesmo com resultados a serem conferidos, o atual governo Lula já tem uma marca histórica na questão arco-íris: a atual secretaria dedicada a LGBT tem a maior estrutura já vista em nível federal voltada ao segmento.
O órgão, que integra o organograma do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, chefiado por Silvio Almeida, possui 44 funcionários. São 23 servidores, 20 colaboradores e uma estagiária. Um recorde.
O número é muito superior aos dos governos anteriores. Quando a jornalista Symmy Larrat, atual secretária, chefiava o órgão LGBT do governo Dilma Rousseff (2011-2016), havia apenas quatro funcionários.
O cenário não foi muito diferente nos anos seguintes. Enquanto o presidente foi Michel Temer (2016-2018), eram seis funcionários. Na maior parte do governo Jair Bolsonaro (2019-2022), sete.
O grande número de funcionários foi possível por o governo Lula ter elevado o órgão LGBT a secretaria, tipo de órgão superior a departamento e diretoria, que foram destinados ao segmento nas gestões passadas.
A secretaria é composta pelo gabinete, diretoria de promoção e defesa, e quatro coordenações-gerais (do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, de promoção, acompanhamento de parcerias e de defesa).
Symmy Larrat comemora a grande estrutura no governo atual.
"A criação da secretaria atende a uma demanda histórica dos movimentos sociais na transição governamental e representa passo definitivo na afirmação dos direitos humanos LGBTQIA+. Ainda há muitos passos a trilhar até que tenhamos de fato uma política nacional efetiva para essa população, mas a criação da secretaria e o número de pessoas que nela trabalha demonstram o compromisso do governo federal de retomar a promoção e a defesa da dignidade de todas as pessoas deste País", disse ao Guia Gay.
O tom positivo é compartilhado pelo presidente da Aliança Nacional LGBTI+, Toni Reis, ao mesmo tempo em que acrescenta demandas ao órgão.
"A grande estrutura mostra que o governo dá atenção à pauta arco-íris. O que esperamos é o fortalecimento da secretaria no sentido de ter orçamento para ações nas três esferas do Estado e também para as organizações da sociedade civil, realize conferências, incentive pesquisas sobre violência e sempre dialogue com todos os espectros ideológicos."
E já cobra: "Que na próxima gestão tenhamos um ministério tal como há para negros, mulheres e indígenas".
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