O humorista Fábio Porchat se mostrou contrário a qualquer tentativa de proibição de piadas discriminatórias.
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Em live do coletivo Bancada do Livro, de pré-candidatos a eleições municipais, na quarta-feira 12, Porchat fez reflexões a respeito do humor que satiriza grupos identitários tais como gays, transexuais, gordos, negros e mulheres.
Ele diz que não vê graça neste tipo de piada, mas que defende o direito de que outros o façam em prol da liberdade e da democracia.
O artista citou o vice-presidente do PDT, Ciro Gomes, dizendo que "a democracia existe para que a gente defenda quem a gente odeia".
Questionado pelo psicólogo, ativista e assessor parlamentar Eliseu Neto se o humor não é um caminho que fomenta atitudes fascitas e serve como trampolim para que o preconceito perpetue e se dissemine, Porchat ponderou.
"É claro que a piada contribui para o preconceito perpetuar, mas proibir a pessoa de fazer a piada não vai matar a homofobia", disse.
"A gente tem que tomar cuidado com o tal do 'não pode'. A gente tem que poder, a gente tem que optar pelo 'não'. Acho que essa é a evolução da sociedade."
Para o ator, a piada é um reflexo do preconceito, mas proibi-la não resolve nenhum problema.
Nessa liberdade, Porchat escolheu um lado. "Eu, Fábio, não acho graça, não faço piada [com grupos discriminados], tento bater no opressor, não no oprimido."
A fala está próxima dos 24 minutos da live. Assista: