Ex-funcionária pública, a britânica Barbara Hosking assumiu-se lésbica aos 91 anos em sua autobiografia.
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"Meus pais não teriam entendido e teriam ficado chocados", contou Barbara à BBC. Eles me amavam muito, mas meu pai era um homem à moda antiga, convencional. Minha mãe provavelmente teria pensado que foi uma escolha difícil e infeliz para eu ter feito. Na verdade eu tenho sido muito feliz. Tive uma vida plena."
Barbara trabalhou para dois primeiros-ministros britânicos, Harold Wilson (1964-1970 e 1974-1976) e Edward Heath (1970-1974), foi executiva de TV e sempre combateu o sexismo. "Eu realmente aprecio o fato de que, na minha idade, posso ser totalmente livre com as pessoas. Acho que corro um pouco o risco de me tornar um ícone gay!"
Em "Além dos meus limites: Memórias de uma desobediente funcionária pública" (em tradução livre), Barbara fala do relacionamento de 20 anos com a companheira e das dificuldades de ser mulher.
"Os homens tiveram um grande momento libertador quando as leis (que proibiam a homossexualidade) mudaram e eles não corriam mais perigo de serem presos ou, mais antigamente, serem mortos (por causa da orientação sexual). As mulheres nunca tiveram isso, mas é extremamente difícil - você pode facilmente ser relegada ao ostracismo."