O presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) não passou ileso pelo Chile. No sábado 23, movimentos de direitos humanos se reuniram para protestar contra sua presença na capital, Santiago.
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A manifestação começou na Praça dos Heróis, onde o Movilh, maior entidade LGBT chilena, se reuniu com outros grupos, como o Movimento das Mulheres pela Democracia no Brasil, e o jovem Luis Lillo, alvo de agressão homofóbica em um ônibus da cidade no início do mês.
Os participantes do protesto marcharam pela Alameda até o Paseo Bulnes, e entoaram gritos em frente ao Palacio de la Moneda, a sede do governo do país.
"Estamos aqui para dizer que os discursos brutais de Bolsonaro contra mulheres, imigrantes, negros, lésbicas, gays, bi e trans são uma incitação ao ódio e à violência que devem ser combatidos com mobilizações cidadãs em todos os países visitados pela mais alta autoridade do Brasil", disse o porta-voz do Movilh, Oscar Rementería, segundo o site da entidade.
O ativista acrescentou que "enquanto Bolsonaro não pedir desculpas publicamente a todos os setores ofendidos e enquanto não se retrate completa e enfaticamente de todos os discursos de ódio, ele continuará a ser um embaixador da homofobia, lesbofobia, transfobia, machismo, misoginia, xenofobia e racismo".
"As relações internacionais não são construídas apenas com base em acordos políticos ou econômicos. A base de todas as bases deve ser o respeito pelos direitos humanos. E se, por várias razões, o Estado se vê na 'obrigação' de receber a visita de um promotor do ódio, como é Bolsonaro, o mínimo que esperar do Ministério das Relações Exteriores é que reforce o discurso público da necessidade de respeitar os direitos humanos das mulheres, lésbicas, gays, bi, trans, imigrantes e negros", concluiu.
Estamos en el Paseo Bulnes, con La Moneda de fondo protestando contra la violencia de Bolsonaro. pic.twitter.com/4FDrki0iMM
— Movilh Chile (@Movilh) March 23, 2019