O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), declarou estar arrependido de ter votado em Jair Bolsonaro (sem partido) para a presidência da República nas eleições de 2018. E afirmou que não fez campanha para o, hoje, adversário político.
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"Em 2018, foi um erro levar aquelas duas alternativas ao segundo turno, em primeiro luigar. E, dentro do que se apresentava no segundo turno, também considero um erro o encaminhamento da eleição do presidente Bolsonaro. Não projetávamos que, num quadro de pandemia, a sensibilidade humana do presidente fosse tão exigida como está sendo", afirmou Leite, em coletiva de imprensa, no sábado 3.
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"As declarações de intolerância que o presidente tinha tido no passado me pareciam, naquele momento, embora preocupantes, ter menos espaço para se apresentarem de forma prejudicial ao país, tendo em vista que temos instituições fortes que garantiriam que a posição homofóbica dele não significasse política pública contrária a gays. Então a gente tem que analisar esse erro e aprender com ele pra não cometer mais esse erro no futuro", continuou.
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As principais que críticas que tem sofrido desde a noite de quinta-feira, quando se assumiu gay ao programa Conversa com Bial, são referentes ao seu apoio a Bolsonaro no segundo turno daquele pleito.
O governador alega que declaração de voto e apoio são ações diferentes.
"Apoiar um candidato significa, além de declarar o voto, buscar votos para o candidato. E eu jamais fiz isso. Não fiz campanha casada, não misturei meu nome ao do candidato, não fiz material conjunto e nem procurei estimular que as pessoas votassem nele", disse, em uma possível alusão ao "Bolsodoria", campanha de João Doria ao Governo de São Paulo na mesma época.
Doria disputará as prévias do PSDB junto com Leite e outros nomes para que o partido decida qual deles concorrerá à Presidência da República em 2022.
"Declarei qual seria o meu voto em função do que se apresentava naquele segundo turno. De um lado, estava o PT, com uma fórmula econômica que gerou milhões de desempregados naquele período para o Brasil, a mais profunda recessão da nossa história e casos de corrupção que chocavam também a população."