DJ de boate gay é atacado por homofóbico em Salvador

Herbert Almeida, da Tropical Club, chorou ao mostrar os ferimentos

Publicado em 09/07/2020
DJ Herbert Almeida, da boate gay Tropical Club de Salvador, é atacado por homofobia
DJ prestou queixa na delegacia contra homofóbico que o atacou esta semana

A homofobia fez mais uma vítima em Salvador. O DJ Herbert Almeida, residente da Tropical Club, foi atacado e fez post mostrando a agressão.

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Herbert, que chora ao divulgar os ferimentos em vídeo no Instagram, contou que a cena de violência se deu na segunda-feira 6.

O DJ se dirigia ao mercado, na Fazenda Grande, quando um vizinho que sempre o aborda com piadas homofóbicas mais uma vez cruzou seu caminho.

"Como tudo na vida cansa, dessa vez resolvi revidar respondendo à altura as ofensas", diz Herbert. 

"Ao entrar no mercado, fui ameaçado por esse indivíduo e ao sair do mercado fui surpreendido com golpes de socos e pauladas sem qualquer motivo."

"Sim, foi uma agressão gratuita, pelo simples fato de eu ser quem sou: uma gay afeminada!", escreveu Herbert.

A selvageria ocorreu em frente ao mercado à vista de inúmeras pessoas que nada fizeram para ajudar.

O DJ avisa que registrou boletim de ocorrência contra o agressor na delegacia e fez exame de corpo de delito.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Queria compartilhar com voce?s a covardia que aconteceu na noite de ontem (6). Estava indo ao mercado quando mais uma vez ouvi piadas homofobicas de um homem que sempre me persegue nas ruas com inderetas e piadinhas desse tipo e, como tudo na vida cansa, dessa vez resolvi revidar a altura respondendo as ofensas. Ao entrar no mercado, fui ameac?ado por esse indivi?duo e ao sair do mercado fui surpreendido com golpes de socos e pauladas sem qualquer motivo. Sim, foi uma agressa?o gratuita, pelos simples fato de eu ser quem eu sou: uma gay afeminada! Queria dizer que homofobia e? crime e isso na?o vai ficar impune, ja? estou tomando as provide?ncias cabi?veis e registrando um boletim ocorre?ncia. Queria agradecer as mensagens de apoio que estou recebendo e a solidariedade de todos. O que me deixa mais triste e? saber que ainda a gente e? estati?stica, e? saber que um pai?s desenvolvido como esse as pessoas ainda se incomodam com sua sexualidade, e? saber que transexuais e travestis tem a me?dia de vida de 35 anos enquanto nos sites porno?s sa?o as mais pesquisadas pelos ‘pais de fami?lias’ e ‘homens de bem’. E? muita intolera?ncia, hipocrisia em meio a tanta falta de amor.

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