Disque 100: dentre LGBT, gays são os que mais sofrem discriminação

Em segundo lugar estão as lésbicas. Pessoas trans ficam em terceiro

Publicado em 28/01/2024
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Privilégio? Gays lideram ranking de denúncias e de violações sofridas

Enquanto parte de LGBT acusam gays de terem privilégio até com objetivo de invalidar o sofrimento que esses sofrem, são os homossexuais masculinos o segmento que mais tem registro como vítimas de violações de direitos humanos no Disque 100, serviço do governo federal para denúncias de discriminações. 

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Esse é o cenário desenhado pelos números do segundo semestre de 2023, os mais recentes. Nesse período, houve 1.094 denúncias feitas por gays, 722 por lésbicas, 610 por pessoas trans e 123 por indivíduos que não tiveram identidade declarada. 

Cada denúncia pode incluir várias situações e tipos de desrespeito. E aí gays também ficam em primeiro lugar. Foram registradas 12.071 violações contra gays, 8.238 contra lésbicas, 6.773 por pessoas trans, 5.092 por bissexuais e 1.359 por pessoas sem identidade informada. 

Essa triste liderança é algo isolado? A resposta é não! Gays são maioria no número de denúncias desde ao menos o segundo semestre de 2020. Para essa reportagem, não houve análise de dados anteriores a esse período. 

Para o ativista gay Luiz Mott, os dados são reflexo de aspectos históricos e sociais. 

"Interessante constatar o quanto gays denunciam as violações. Isso vem de consciência histórica nossa, pioneiros há mais de século na luta contra a homofobia. No mais, é importante ver o quanto gays são vítimas de violência tendo em vista o quanto sua presença em espaços públicos podem incomodar intolerantes. E fico surpreso por lésbicas terem mais denúncias que trans nessa lista. É algo que merece atenção", disse ao Guia Gay.

O Disque 100 (Disque Direitos Humanos) pode ser acionado por ligação gratuita para o número 100; WhatsApp (61) 99611-0100; Telegram (digitar "direitoshumanosbrasil" na busca do aplicativo); e site do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Em todas as plataformas as denúncias são gratuitas, anônimas e recebem um número de protocolo para que o denunciante acompanhe o andamento da denúncia diretamente com o Disque 100.


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