As eleições presidenciais estão marcadas para o último terço de 2018, mas as mudanças de caráter para angariar votos já começaram.
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Só isso pode explicar o tuíte do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) no domingo 2. O parlamentar escreveu: "Homossexual não quer privilégio, quer respeito".
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A fala é bem diferente de outra frase dele, de 2014, na qual criticou LGBT ao nos chamar de super-raça por defendermos a criminalização da homofobia.
"O que eles querem com o PL 122 é criar uma super-raça. Não há motivo. Se uma pessoa me matar aqui, [trata-se de] um homicídio qualificado, de seis a 20 anos. E se descobrirem que a pessoa do lado que [também] morreu é gay? [Não há motivo para] transformar isso numa pena maior. Não haveria sentido. As punições já estão aí. O problema é a impunidade?, disse.
Sobre a crítica de Eduardo, dois pontos: 1) Quem mata idosos, crianças e mulheres, por exemplo, tem pena maior. Ele também é contra? 2) O PLC 122 não tratava de assassinatos. Não tinha influência nenhuma nesse tipo de crime, mas sim no xingamento, na discriminação em atendimento de lugares comerciais etc.
Homossexual não quer privilégio, quer respeito.
? Eduardo Bolsonaro (@BolsonaroSP) July 2, 2017
O sentido da frase, claro, é verdadeiro - já que é exatamente por isso que nós lutamos. Mas o que chama atenção é vir do deputado que sempre apoiou seu pai, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), em desavenças contra o deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ).
Analistas políticos têm dito que a mudança de perfil de Bolsonaro-pai faz faz parte de processo para deixar sua imagem mais palatável, menos radical e atrair mais votos, já que ele está entre a segunda e a terceira colocações em levantamentos sobre as eleições para a presidência no próximo ano.