Casal lésbico sofre homofobia no Graal; gerência nada faz

Em vídeo é possível ver suspeito xingando as vítimas

Publicado em 13/02/2023
Graal: homofobia contra casal de lésbicas
Vítimas não tiveram ajuda imediata da empresa

Um casal de lésbicas sofreu homofobia dentro de unidade do Graal, em Minas Gerais, e a gerência nada fez para ajudá-las.

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No vídeo, que circula pelas redes sociais, o agressor, descontrolado, é visto chamando-as de "vagabundas" e derruba o celular que o filma no chão.

O caso ocorreu em Oliveira (a 150 km de Belo Horizonte), na quarta-feira 8.

A advogada Luciana Souza Halabi Horta Maciel e a engenheira Maria Cecilia Rodrigues Rosa, ambas de 28 anos, pararam no estabelecimento para tomar café.

Na fila do caixa, o homem começou a insultá-las e Luciana, então, começou a gravar.

"Duas mulheres sem vergonha estão se beijando, se agarrando", grita o homem. Ele continua: "Eu estou com minha esposa aqui, eu quero respeito. Sou homem, e uma mulher”. Ele aponta para a mulher, que estava sentada, calada.

Quando ela diz que o está filmando, o agressor diz para "ir gravar no raio que o parta" e as chama de "duas mulheres vagabundas, ordinárias”.

Segundo o site Ponte, a advogada contou que o homem jogou o celular no chão e quebrou o aparelho. "Nos sentimos com muito medo, humilhadas, extremamente coagidas e foi totalmente desesperador ver que ninguém ao redor fez nada", afirmou.

O casal saiu, com medo, e o agressor continuou lá dentro, tomando café. Luciana e Maria Cecília esperaram o homem deixar o local para ver o seu carro e anotar a placa.

"Nem imaginávamos que passaríamos por isso alguma vez, foi super assustador, uma sensação horrível", disse a advogada.

Questionados por ela, os funcionários do local afirmaram que o Graal não contava com seguranças e o gerente não prestou nenhum apoio.

A rede existe desde 1974 e conta com 51 restaurantes em estradas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Após repercussão do caso, nesta segunda-feira 13, a empresa divulgou comunicado dizendo que está ajudando o casal a identificar o agressor e que atuará junto aos órgãos competentes para que o homem seja punido.

Veja o comunicado:

 

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