O apresentador Luciano Huck falou sobre o segundo turno das eleições para Presidente da República.
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Em coluna na Folha de S.Paulo, no sábado 13, Huck primeiro comemorou a renovação do Legislativo, que teve 61% das vagas do Senado e 50% da Câmara dos Deputados para novos candidatos. "Boa parte da velha e apodrecida política aposentada pelas urnas", escreveu
Já na disputa presidencial, para o apresentador não há renovação alguma. "Mas o resultado está posto e é sobre ele que teremos que refletir e escolher."
Sobre o partido do candidato Fernando Haddad, Huck disse: "Não compactuo com o modo de pensar e de operar do PT. (...) Sem entrar em questões específicas, tenho enorme dificuldade em confiar em qualquer um que não tenha autocritica, que não tenha a humildade de aprender com seus próprios erros."
A respeito da candidatura de Jair Bolsonaro, do PSL, o apresentador foi ainda mais crítico. "Temos um grave problema do outro lado também. Bolsonaro se tornou conhecido propagando ideias retrógradas, sectárias, preconceituosas e belicistas."
"Tudo aquilo de que não precisamos na atual conjuntura. Um postulante ao cargo máximo da República definitivamente não pode pensar e muito menos dizer o que ele já disse ao longo dos seus 27 anos de vida pública."
"Temo sim que o discurso de ódio ou de desprezo pelo diferente na boca de um mandatário eleito pela maioria legitime violência e discriminação", escreveu.
O apresentador concluiu afirmando que, independentemente do resultado, "seremos a resistência positiva", que ele define como "aquela que partindo da premissa inegociável da manutenção e do aperfeiçoamento da democracia, das liberdades individuais e da imprensa livre, do respeito ao meio ambiente, à Constituição e à cidadania, consciente da desigualdade e de todos os demais problemas do país, estará disposta a monitorar e fiscalizar com vigor cada passo do novo governo e igualmente pronta a contribuir com uma agenda de propostas e possíveis soluções para as necessidades e demandas nacionais".