O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a insistir que mostrar a inclusão de LGBT na sociedade em livros didáticos pode incentivar as crianças ao sexo.
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Na sexta-feira 16, durante evento em comemoração do Dia Internacional da Juventude, em Brasília, Bolsonaro afirmou, segundo a Carta Capital: "Se acontecesse um evento como esse há quatro anos atrás, talvez tivesse dois homens se beijando aqui na frente. Estimulando, desacreditando e desconstruindo a heterormatividade."
"Nada contra quem quer ser feliz com um parceiro igual a si, mas não podemos impor isso dai", continuou.
O evento teve presenças do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.
"A intenção é estimular (o sexo) cada vez mais? Nós temos que ter, juntando os ministérios dos Direitos Humanos e Educação um casamento perfeito no combate a isso", concluiu o presidente.
Sua fala remete pela enésima vez o que ele apelidou anos atrás de "kit gay" e que o ajudou a ganhar as eleições.
Trata-se do livro Aparelho Sexual & Cia, editado pela Companhia das Letras, e traduzido para 10 línguas. A obra é destinada a pré-adolescentes e adolescentes na faixa de 11 a 15 anos.
Então ministro da Educação do governo de Dilma Rousseff, Fernando Haddad encomendou os livros para serem distribuídos em bibliotecas e ajudar a combater a discriminação à comunidade LGBT.
Pressionada pela bancada evangélica, Dilma vetou o projeto e disse a infeliz frase que a marcaria, em 2011: "Não vai ser permitido a nenhum órgão do governo fazer propaganda de opções sexuais" (sic).