Quatro pessoas foram condenadas - com penas que variam de 10 a 24 anos de prisão - pelo assassinato do jovem gay brasileiro Samuel Luiz Muñiz, de 24 anos, na Espanha.
O principal suspeito, Diego Montaña, recebeu pena de 24 anos de prisão "por concorrer com a circunstância agravante de discriminação por motivos de orientação sexual", destacou o Tribunal Provincial de La Coruña em comunicado divulgado no último dia 8.
Segundo a sentença, Diego iniciou a agressão ao acreditar que Samuel Luiz, que estava fazendo uma videochamada nos arredores de uma boate, o estava gravando com o telefone celular.
O agressor xingou o brasileiro e o ameaçou de morte. Na sequência, as agressões começaram. O acusado mostrou em todo momento "uma absoluta falta de empatia e uma crueldade que merecem uma maior reprovação penal", explicou o tribunal.
Outros dois homens que participaram da agressão, Alejandro Freire e Kaio Amaral Silva, foram condenados a 20 anos e 20 anos e meio de prisão, respectivamente.
Um quarto réu, Alejandro Míguez, recebeu 10 anos de prisão como cúmplice. Ele impediu que a vítima se livrasse das agressões e que outras pessoas pudessem ajudá-la.
Além das penas de detenção, os quatro foram condenados a pagar indenização à família de Samuel em 303.284 euros (cerca de R$ 1,91 milhão).
O assassinato de Samuel ocorreu na noite de 3 de julho de 2021 em La Coruña.
As cenas de violência física começaram com xingamentos, tais como "bicha", se desdobrando em socos e chutes e ferimento com uma garrafa de vidro. O crime chocou a Espanha.