Após discriminação a lésbicas na Barra, Porchat cobra ACM Neto

Casal foi alvo de preconceito no restaurante Barravento, em Salvador

Publicado em 18/11/2019
Fabio Porchat cobra de ACM Neto sanção a lei pró-LGBT após lésbicas serem discriminadas no restaurante Barravento em Salvador
Comediante perguntou quando prefeito sancionará projeto de lei

Um caso de discriminação a um casal lésbico motivou o apresentador Fábio Porchat a cobrar do prefeito ACM Neto (DEM) a sanção a uma lei que pune este tipo de conduta.

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"Não é aceitável que pessoas sejam discriminadas, constrangidas e postas pra fora de estabelecimentos apenas por serem LGBTs. Para combater esse tipo de violência foi aprovado na Câmara de Salvador o PL Teu Nascimento e agora a lei aguarda a sanção do prefeito @acmneto_ Quando?", escreveu Porchat em seu perfil no Twitter.

A cena lamentável ocorreu na sexta-feira 15 no restaurante Barravento, na Barra. Em suas redes sociais, Gabriella Garrido contou que estava no lugar com sua namorada, Mariana Mendes, quando um homem que se diz chamar Aurélio, e se apresentou como gerente do local, solicitou que o contato físico entre elas fosse "contido". 

O homem ressaltou que o restaurante era "familiar" e que a troca de carinhos entre elas não era "condizente" ao local, que agredia aos outros clientes e que as crianças que estavam na mesa próxima não precisavam presenciar a cena.

Chocada, Gabriella teve apoio de outros clientes do estabelecimento, como de um casal hétero que questionou o funcionário o porquê dos seus beijos não terem sido repreendidos.

Gabriella chamou a polícia, que indicou que lavrassem boletim de ocorrência no 14º Distrito Policia (Barra).

"Realmente me senti violentada e agredida moralmente pela situação constrangedora, vexatória e criminosa a que fui exposta", desabafou Gabriella.

O PL 291/17, chamado de Lei Teu Nascimento, foi aprovado em 11 de setembro após dois anos de tramitação na Cãmara de Vereadores de Salvador.

De autoria da vereadora Aladice Souza (PCdoB), projeto prevê multas de R$ 10 mil a R$ 100 mil e até cassação do alvará a estabelecimentos que discriminarem uma pessoa por causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

Há dois meses, o projeto está à espera da sanção do prefeito.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

AMBIENTE HOMOFÓBICO Boa tarde a todos, acabo de sofrer um ato de homofobia neste nosso BAHIANO restaurante local chamado Barravento, localizado na Av. Oceania no bairro da Barra em Salvador. Não tenho palavras para descrever esse momento. Tão injusto e tão sofrido. Tudo o que posso falar é, compartilhem e me ajudem a não permitir que isso continuem a acontecer. ————— Boa noite Gostaria de nesse momento, após todos os trâmites legais terem sido realizados, descrever a todos o ocorrido nesta tarde de feriado. Era para ser apenas um feriado agradável, num restaurante tradicional de salvador. Eu estava acompanhada de minha namorada no Restaurante Barravento quando o Sr. “Aurelio“ que se auto intitulou como gerente do estabelecimento, nos abordou solicitando que os os contatos entrem nós duas fossem contidos, essa é a melhor forma que eu consigo relatar o que foi dito pelo mesmo. Seguindo um pouco mais, o mesmo informou que o Barravento era um restaurante familiar e que os carinhos trocados por nós duas não eram condizentes ao local e que de alguma forma incomodavam e agrediam os outros clientes, e como exemplo dele mesmo, as duas crianças que estavam na mesa atrás da minha não precisavam presenciar tal cena. Tudo isso foram palavras dele, mas tudo isso foi sentido por mim. Não tenho palavras para descrever o que senti e o que sinto ainda após tudo isso. Acreditamos que a homofobia, o preconceito e o racismo está tão longe de nós, mas na verdade está tão perto. E para quem nunca sofreu como eu até algumas horas atrás eu lhes digo, doe e doe muito. Por isso eu agradeço as mensagens de apoio, agradeço ao carinho recebido pelos amigos e familiares, mas também pelos desconhecidos. Alguns clientes que se encontravam no local no momento, se dirigiram até a mim e com uma delicadeza tão simples e tão carinhosa apenas perguntaram “Posso Lhe dar um abraço?”. Parece pouco? Mas não foi, foi bem importante na verdade. Como uma deles mesmo alegou, “Como pode, vocês duas não poderem se beijar enquanto eu e meu marido podemos? “ Não sei, acho que essa é a pergunta que apenas o Sr. Aurélio e o Restaurante Barravento pode responder.

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