A maior festa popular do mundo não vai ser agitada por músicas que discriminem LGBT. E isso é regra! Estão vetadas quaisquer fala ou música homofóbicas em trios elétricos ou carros de som no carnaval de Salvador.
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A determinação é do Conselho Municipal do Carnaval. Descumprimento da norma, a qual também veta incitação ao ódio ou desqualificação de negros e mulheres, será punido pela prefeitura.
As regras fazem parte da campanha "Respeito é bom e eu gosto, e no carnaval mais ainda". Como forma de tornar a folia mais cidadã, os trios e carros de som são obrigados também a exibir na lateral banner com a mensagem: "Exploração sexual de crianças e adolescentes, discriminação racial, homofobia (lgbtfobia) e violência contra a mulher são crimes! Denuncie! Ligue 100!".
É também impedido aos associados, artistas e agremiações utilizar objetos que incitem ou provoquem violência física, moral ou psicológica ou a desvalorização das mulheres, homossexuais, bissexuais, trangêneros ou negros.
Dentre os órgãos e serviços envolvidos na ação estão a Secretaria da Reparação e o Observatório da Discriminação Racial, LGBT e Violência contra Mulher.
A ação contra homofobia no carnaval soteropolitano teve episódio de grande repercussão ano passado. No início de 2015, o Grupo Gay da Bahia (GGB) ofereceu R$ 1 mil a quem fizesse música em resposta a Quem Banca É o Viado, canção homofóbica de Robyssão, e fez denúncia contra o cantor no Ministério Público. A ganhadora do concurso foi Mais Amor Por Favor, de Salete Maria e Mr. Galiza.