Órfã de pai e mãe, Sebastian foi criada em um orfanato na Ribeira, em Salvador. Sua identidade de gênero é transexual e não se importa se é tratado no masculino ou feminino. Conhecida dos palcos por ter dançado no grupo de pagode Pega no Compasso, ela quer agora ocupar a Câmara Municipal.
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Aos 39 anos, o artista, cujo nome civil é Guilherme Nascimento [o apelido Sebastian veio por semelhança ao icônico protagonista homônimo dos anúncios da C&A], nunca atuou oficialmente em entidades LGBT, mas aponta um futuro: "Tenho novos projetos para que cresça ainda mais a luta pelos nossos direitos."
Por que se candidatar à vereadora?
Candidatei-me com o propósito de defender minha bandeira, mostrar que gays e trans também têm capacidade de atuar na Câmara, Senado, onde eles quiserem.
Por que escolheu o PSDB?
Escolhi o PSDB porque foi o primeiro partido a abrir as portas para mim e acreditar em meu potencial. Também porque a sigla vem crescendo a cada dia mais, pois é coligado com o melhor prefeito do Brasil [ACM Neto, DEM].
Qual será sua principal bandeira como vereadora?
Minhas principais bandeiras serão LGBT e idosos.
Qual você acredita que será sua maior dificuldade na campanha?
Minha maior dificuldade será e está sendo o financeiro. Em setembro do ano passado, minha casa se incendiou, depois que coloquei uma vela acesa para meus orixás. A vela caiu da mesa e incendiou as roupas que estavam embaixo, e o fogo se alastrou pela casa inteira.
Graças a Deus, eu não estava no momento, mas tive que comprar muitas coisas depois, tais como roupas e saltos - que uso para fazer eventos e ganhar o meu dinheiro. Todos sabemos que a campanha é muito cara, então, está sendo muito difícil, mas estou com todo gás e empolgado para trazer algo melhor a minha cidade.