Quanto mais a investigação sobre a morte do produtor Leonardo Moura avança, mais se fragiliza a tese levantada pela família de que teria havido espancamento motivado por homofobia. O caso, ocorrido no sábado 9 de julho, ganhou repercussão nacional. Moura saiu da boate gay San Sebastian e foi encontrado desacordado.
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De acordo com as últimas notícias divulgada pela Polícia Civil, relatório do Hospital Geral do Estado (HGE), para onde Moura foi levado, apontou que o produtor estava com "intoxicação exógena por bebida alcóolica e perda da consciência."
O documento também registra que Moura foi embora do hospital sem dar satisfações, o que impediu que exames mais detalhados fossem realizados. Horas depois, ele voltou à instituição, quando foram constatados dores abdominais e vômito. Ao, finalmente, ser feito o exame, identificou-se "grave lesão renal." A morte ocorreu dois dias depois por parada cardiorrespiratória.
A investigação colheu depoimento dos policiais que deram socorro a Moura. Segundo eles, o homem estava desacordado na areia, em cima do esgoto, exalava forte cheiro de álcool, apresenta apenas pequeno sangramento no nariz e tinha as roupas intactas.
Ainda de acordo com o relato, Moura teria ditos aos políciais que sentou-se na balaustrada para ligar para um amigo e depois disso não se lembrava de mais nada. Carteira, óculos e tênis estavam com ele. O celular, entretanto, não foi achado.
A polícia espera ainda laudo cadavérico e captação de imagens para finalização da investigação.
Por outro lado, reportagem do Correio, com fotos de Moura após ser encontrado na praia, mostraria que o produtor tinha bolsas de sangue nos olhos, sinal compatível com agressão, e que havia sinais nos braços dele que indicariam tentativa de defesa frente a um ataque.
O advogado da família questiona o fato de uma queda ter avariado tão gravemente o rim. Para ele, está aí outro indício de agressão.