Em 2008, Leo Kret fez história na política soteropolitana ao ser a primeira trans a vencer a disputa por vaga na Câmara Municipal de Salvador. Em 2012, tentou reeleição e recebeu muitos votos, entretanto, por questão de coeficiente eleitoral, perdeu lugar até para concorrentes com números menores nas urnas.
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Na primeira candidatura, seu nome foi notabilizado pelo trabalho como dançarina no grupo de pagode Saiddy Bamba e pela atuação em comunidade carentes. Para 2016, como revela na entrevista abaixo, as cores arco-íris estarão ainda mais fortes.
Por que se candidatar à vereadora?
Para buscar os direitos das bandeiras dos menos favorecidos, principalmente a LGBT, que é uma classe muito discriminada. E eu, como transexual, sofri muitos preconceitos e sei que é preciso ter pessoas na Câmara Municipal que já passaram por isso, para que lutem e façam projetos que nos defendam e nos ajudem a ter direitos reconhecidos. Por isso meu lema é "direitos iguais, nem menos nem mais".
Por que escolheu o DEM?
Porque é um partido democrático, onde temos direito de expressar todos as nossas ideias e é um partido onde o prefeito da cidade, ACM Neto, abraça a causa LGBT. Não tem histórico de ser um partido homofóbico e é um partido que me abraçou desde o primeiro momento que decidi entrar na política.
Qual será sua principal bandeira como candidata?
Além da bandeira LGBT, que nunca deixei de defender, inclusive tem projetos meus na Câmara - de criminalização a homofobia, de criação do conselho municipal LGBT -, tem a bandeira dos artistas, mototaxistas, crianças e adolescentes, deficientes físicos e visuais, da mulher, idosos, funcionário públicos, professores, animais. E principalmente toda a população carente que passa dificuldade no dia a dia na periferia.
Qual você acredita que será sua maior dificuldade na campanha?
A arrecadação financeira, pois todos nós sabemos que campanha política é muito cara, e têm candidatos já com mandato e fica mais fácil para eles, que possuem apoio de empresários. Eu vou com o apoio do povo.