A boate Pink Elephant, no Rio Vermelho, está sendo acusada de racismo e homofobia.
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Segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), tudo ocorreu na madrugada de sábado 1º e envolveu o estudante Gláucio Roberto, 28 anos, o profissional de educação física Cristiano de Jesus, 27 anos, o dançarino Thiago Guedes, 26 anos, e seguranças do estabelecimento.
A confusão aconteceu quando os amigos tentavam sair da casa noturna. Na fila, eles relatam que os seguranças passavam várias pessoas a sua frente. Eles reclamaram e tiveram como resposta um racista "sai pra lá, pretinho", dito várias vezes. De acordo com Gláucio, o profissional teria dito que eles eram pobres e pretos e que não sairiam pela saída principal, mas, sim, pela porta dos fundos.
Cristiano conta que o constrangimento e as ameaças pioraram. "Se vocês não forem pra trás, vou quebrar vocês no pau, seus viadinhos", disse o segurança. As vitimas pediram para falar com o gerente, que disse não poder resolver a confusão na portaria de saída.
As vítimas fizeram boletim de ocorrência na 7ª Delegacia de Polícia. Na mesma madrugada, um funcionário da casa alegou que os jovens estavam bêbados. Eles negam. "Isso não é verdade, tanto que após a saída da casa, por volta das 4h da manhã, fomos à delegacia fazer valer nossos direitos", disse Gláucio ao site Canal Zero.
À publicação, o estabelecimento nega as acusações de racismo e homofobia. O GGB vai encaminhar denúncia ao Núcleo LGBT da Prefeitura de Salvador para apuração dos fatos com base na Lei 5.275/1999, que pune a discriminação por orientação sexual na capital baiana. Dentre as punições que podem ser aplicadas estão multas e até cassação do alvará de licença e funcionamento do estabelecimento.