Com promessa de criminalizar homofobia, Dilma Rousseff é reeleita

Criticada pelo movimento LGBT no primeiro mandato, presidente firmou 13 compromissos com segmento

Publicado em 26/10/2014
 Dilma prometeu campanhas publicitárias contra homofobia e ação pela diversidade nas escolas

Com margem estreita, Dilma Rousseff (PT) foi reeleita presidente da República no domingo 26. A candidatura alcançou 51,64% dos votos. Seu opositor, Aécio Neves (PSDB), teve 48,36%.

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Criticada em todo primeiro mandato por ações avessas à cidadania LGBT, tais como veto ao kit contra homofobia e orientação de enterrar o PLC 122/06, a candidata comprometeu-se com a criminalização da discriminação contra LGBT caso fosse reeleita. 

Sem programa de governo, a petista divulgou o documento "13 Compromissos para Garantir os Direitos LGBT" a cinco dias do segundo turno. As promessas vão de incentivo à formação de cooperativas de trabalho de LGBT e ação de formação de professores para a diversidade a realização de campanhas publicitárias pelo respeito a homo e bissexuais e pessoas trans. 

Sua base de governo tem 39 deputados contrários aos direitos LGBT, inclusive com partidos ideologicamente conservadores, tais como o PRB, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, e o PR. O quantitativo representa mais da metade da bancada inimiga da cidadania arco-íris, com 64 componentes. 

Grande líder da comunidade LGBT, o deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ), ferrenho crítico de Dilma até início do mês e reeleito, fez campanha para um novo mandado de Dilma e disse ter firmado junto à campanha da petista compromissos com o segmento. 

Com material de campanha feito nas cores do arco-íris LGBT, tais como adesivos e bandeira, Dilma não citou LGBT no discurso da vitória, proferido em Brasília. A presidente reeleita falou de jovens, negros e mulheres. 


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